Homenagem

Acredito que, independente de cor, raça, sexo, religião, cultura, status social, todo indivíduo tem alguém que trilhou junto sua caminhada, pisou consigo seus passos e merece reconhecimento. 

Muitas vezes essas pessoas que nos levam por esses caminhos ou que passam por esses caminhos conosco, nos quais, horas são árduos, horas são de regozijo, merecem serem lembradas, num gesto de gratidão, agradecimento e carinho.

Não poderia deixar de homenagear minha família querida, que construiu tudo o que sou. Em especial minha querida mamãe, Vera. Além de ser aquela que nunca desistiu de mim, mesmo quando eu estava errado, foi aquela que acreditou e lutou por mim.

Não apenas a família molda nosso caráter, a sociedade em si também (o meio), entretanto, é a família que nos ajuda a construir um caminho diferente.

Minha mãe, além de ser para mim referência como pessoa, um ser incrível que passou por esta Terra, foi, sem sombra de dúvidas, importantíssima para também modelar e esculpir minha personalidade musical.

Mamãe amava Roberto Carlos, Elis Regina, Chitãozinho e Xororó, Nelson Ned..., músicos e cantores da Jovem Guarda, época da sua juventude. Desde cedo ouvi incansavelmente canções dos nossos artistas brasileiros renomados. Mamãe tinha uma vasta coletânea de discos (vinil) que tocavam diariamente.

Era lindo vê-la cantando com minha tia e minha avó. Elas faziam um trio e tanto! Traziam a alegria para toda a casa, era divertimento na certa!

Logicamente, não foi apenas mamãe que temperou meu gosto musical, mas também meu avô que amava Luciano Pavarotti e a música clássica. Meu avô tinha discos e mais discos de música clássica, como Mozart, Bach, Chopin, Vivaldi e outros. Embora passei pouco tempo com meu avo, que faleceu quando eu tinha 9 anos, seu legado e discos pude desfrutar na minha adolescência.

Outrossim, minha avó, Anésia (ela mesmo que começou a me ajudar a pagar o curso de bateria e me ajudou a comprar a minha primeira bateria!), tinha um gosto refinado para música, especialmente pelo saudoso cantor Nelson Gonçalves, Jerry Adriani, Ronnie Von, Cauby Peixoto, irmãs Galvão e etc.

Aprendi uma coisa com o grande Fred Rogers, que foi um ator da televisão norte-americana, que por quase 30 anos teve um programa infantil chamado "Mister Rogers' Neighborhood" e também foi pastor presbiteriano. Ele ensina que constantemente devemos parar 1 minuto e nos lembrar das boas pessoas que passaram por nossas vidas e deixaram marcas indeléveis, em forma de agradecimento por tudo que elas contribuíram para nosso crescimento.

Aqui, registro meu agradecimento a todos que já passaram por essa caminhada comigo e aqueles que ainda trilham comigo este caminho.

Minha esposa amada, Suze; meu filho querido, Isac e meu pai Valdemar.

Meu obrigado!